Fit (IN)
Fit (IN)
Co-criação e interpretação: João de Brito e Yola Pinto
Espaço Sonoro e interpretação: Noiserv
Assistência: Ana de Oliveira e Silva
Espaço Cénico e figurinos: Sara Franqueira
Desenho de Luz: Cristóvão Cunha
Imagem e Vídeo: João Catarino
Apoio à criação Cassefaz, Estúdios Victor Córdon e Pólo Cultural das Gaivotas | Boavista
Coprodução LAMA / São Luiz Teatro Municipal / Teatro das Figuras
FIT (IN) é um espectáculo sobre o encontro e a procura de uma identidade própria dentro de um sentido colectivo. Inspirado e dedicado ao público juvenil, desdobra questões entre o dentro e o fora, o próprio e o outro, o encontro e o desencontro e a súbita alteração de circunstâncias de tudo isto. O actor João de Brito e a bailarina Yola Pinto procuram, em reflexo, a posição do tempo interior de cada um e dos dois em conjunto, em contraponto com as velocidades exteriores com que o mundo lá fora nos confronta a todos, no dia-a-dia. Será, afinal, possível viver num mundo onde o tempo de cada um de nós exista também para lá dos contornos da nossa pele?
FIT (IN) nasce da procura de um questionar a posição do nosso tempo interior, em contraponto com as velocidades com que nos deparamos no dia-a-dia. De há alguns anos a esta parte tenho constatado que parte das desavenças que temos connosco próprios, se detêm no facto de termos gradualmente perdido a consciência do ritmo próprio do nosso corpo, da nossa corrente sanguínea, dos nossos pensamentos… Sentimo-nos principalmente adiantados ou atrasados! Em queda livre, numa narrativa existencial que às vezes parece apenas ocorrer no plano exterior, desvinculada de nós próprios. Fascina-nos (e inspira-nos) por outro lado a empatia estonteante que as idades mais jovens têm com o tempo; Momentos feitos de quase nada e de um impulso primitivo de liberdade. Tudo o que é fácil perder na vida adulta. E isso comove-nos pelo mágico encadear de uma coisa que leva a outra e depois a outra, lembrando uma coreografia pré-estabelecida, onde o tempo de cada um de nós é a principal unidade de medida. Nunca tiveram a sensação de que há dias em que a nossa velocidade é completamente diferente da do resto do mundo?