Fedra

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Fedra, de Miguel Graça
Encenação Maria Camões
Assistência de Encenação Guilherme Macedo
Concepção Plástica e Desenho de Luz Maria Camões e Tiago Cadete
Produção Luís Barros
Interpretação Joana Castro, João de Brito, Leonor Biscaia, Mafalda Luís de Castro e Tiago Cadete.

A peça passa-se em dois espaços temporais diferentes que se intercalam ao longo da acção. No primeiro, assistimos ao desenvolvimento da relação afectiva entre Teseu e Antíope, e, no segundo, mais de vinte anos depois, ao desenvolvimento do triângulo amoroso entre Fedra, Hipólito e Arícia. Baseado no célebre mito grego, o texto tem influências dos vários tratamentos que o mesmo teve em Eurípides, Séneca e Racine, apesar de, ao readaptá-lo se distancie de todos eles. É uma peça sobre o desejo e a obsessão, sobre a crueldade que nos mantém vivos. Não procura uma explicação para certos actos extremos, apenas os transporta para um presente, um presente em que nos podemos perguntar: onde estaria o mito de Fedra e Hipólito nos dias de hoje? Quem seriam e que fariam das suas vidas? Manteriam a sua grandeza primordial ou seriam apenas “normais”? É a partir destas perguntas que o texto reconstrói o mito, destruindo-o.